A comunidade dos agudás teve um forte protagonismo na implantação do catolicismo na região onde se situam hoje as Repúblicas do Togo e do Benim. Na verdade, a primeira capela católica daquela costa foi erigida no Forte São João Baptista da ajuda, em Uidá, mas, a partir daí, os retornados tomaram a iniciativa.  Assim é que em 1835, Venossa de Jesus mandou construir a primeira capela pública da região na cidade de Aguê, e cerca de dez anos mais tarde Joaquim d’Almeida concluiu a sua capela, dedicada ao Senhor Bom Jesus da Redempção.  Foram também os agudás que viabilizaram, com a sua participação, a fixação da Mission Catholique de Lyon naquela costa.

Além de implantarem as celebrações de N. S do Bonfim e da Imaculada Conceição, sendo que esta última, a cargo da família De Souza, foi a mais importante festa católica de Uidá até o começo do século XX, os agudás também participaram ativamente da criação da festa da Epifania, em Porto Novo, que antigamente era conhecida como “carnaval”.

Esta festa, instituída na década de 1920, reúne todas as paróquias da cidade e compreende uma representação da Paixão de Cristo seguida de um piquenique nos jardins da Catedral Notre Dame des Apôtres. No final da tarde, os paroquianos fazem um desfile até a praça do mercado. Certamente a presença dos “brasileiros” foi determinante para marcar esse caráter de carnaval que a festa guardou pelo menos até os anos 1950. Atualmente, essa festa não é percebida como uma manifestação ligada aos agudás, que têm uma participação bastante discreta, nem é mais chamada de “carnaval”, embora tenha seus momentos de semelhança com um desfile de bloco de carnaval, tal como é praticado hoje no Brasil.